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Jornalismo de Rua #2 – Olimpíadas

No dia da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio, mais uma edição do Jornalismo de Rua ganha a cidade. A edição especial  Olimpíadas, traz à tona alguns dados que ficam escondidos em meio a tantos fogos de artifícios por conta do megaevento. 70 mil pessoas removidas, R$40 bilhões em gastos, nenhuma meta de proteção ambiental cumprida e o Exército ocupando ainda mais favelas para que as competições se realizem com paz e segurança. Que paz e segurança será que são essas?

 

 

TRANSPARÊNCIA

O gasto com os Jogos é próximo de R$40 bilhões. De acordo com o Instituto Ethos, o projeto tem baixa transparência nos contratos e gastos, mas aliados do prefeito Eduardo Paes barraram a CPI das Olimpíadas na Câmara do Rio.

 

MEIO AMBIENTE

Segundo a Folha de São Paulo, nenhuma meta de proteção ambiental foi cumprina durante as obras para as olímpiadas. Além disso, a despoluição da Baia de Guanabara não foi realizada. O campo de golfe para os Jogos é um empreendimento privado e foi construído dentro da Área de Proteção Ambiental de Marapendi, devastando parte da região.

 

 

 

 

 

OCUPAÇÃO MILITAR

Segundo a Justiça Global, 23 mil militares atuarão no Rio de Janeiro durante as Olimpíadas. Seis favelas estão ocupadas pelo Exército. Em relatório divulgado, a Anistia Internacional alerta sobre a violação de direitos humanos nas favelas, em operações policiais que visam garantir a realização dos Jogos Olímpicos. Em 2015, a polícia carioca matou 645 pessoas, sendo 77% negros. A taxa de mortes pela polícia do Rio é dez vezes maior que a dos EUA.

 

REMOÇÕES

Mais de 70 mil pessoas foram removidas de suas casa para os jogos, segundo Lucas Faulhaber/UFRJ – Maior período de remoções da história do Rio. Caso emblemático dessas Olimpíadas, a Vila Autódromo sofre com a ameaça de despejo desde o final de 2013. Das 600 famílias que viviam no lugar, hoje resistem apenas 20. Moradores foram obrigados a deixar suas casas sem a certeza de onde iriam morar.

 

 

 

 
Pesquisa e Texto: Gabrielle de Paula, Yamini Benites e Jonas Lunardon Arte: Johannes Kolberg